segunda-feira, 14 de maio de 2012


Bovespa fecha em queda e alcança o menor patamar do ano

Bovespa caiu 3,21%, para 57.539 pontos.

Em maio, bolsa acumula queda de 6,9%, mas tem alta de 1,38% no ano.


Após quatro dias seguidos de queda, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu 3,21% novamente nesta segunda (14), para 57.539 pontos, e atingiu o menor patamar do ano.
Esse é o menor patamar de fechamento desde 29 de dezembro, de 56.754 pontos, e a maior queda em quase oito meses. Foi também a maior queda diária desde 22 de setembro, quando caiu 4,83%. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,32 bilhões. 
No mês de maio, a Bolsa acumula queda de 6,9%. No ano, a valorização da Bovespa ainda é de 1,38%. 
Tanto a Bovespa quanto o dólar foram influenciados pelas preocupações com o prolongado impasse político na Grécia e a possibilidade da saída do país da zona do euro.
As incertezas na Europa levaram o dólar a alcançar R$ 2 nesta segunda-feira (14), mas a moeda fechou cotada a R$ 1,9899, em alta de 1,7%. É o maior patamar de fechamento do dólar desde 13 de julho de 2009, quando encerrou a R$ 1,98.
No mês de maio a divisa tem valorização acumulada em R$ 4,34% e no ano subiu 6,5%. 
Grécia Após tentativas de formar um governo de coalizão no domingo e nesta segunda, o presidente da Grécia, Karolos Papoulias vai se reunir novamente na terça em busca de unir todos os partidos do país de forma a poder governar o país. 
As forças políticas têm prazo até terça-feira para formar um executivo, caso contrário, novas eleições devem ser marcadas para junho. Essa possibilidade preocupa a Europa e os mercados financeiros. A indefinição no governo grego é motivo de apreensão tanto pela possibilidade de não cumprimento das medidas de austeridade quanto pela de saída do país da zona do euro, o que não é mais visto como um tabu.
"Na Europa, além da Grécia em si, o que preocupa é o possível contágio da situação grega para outros países como Espanha", afirmou Marc Sauerman, que ajuda a gerir R$ 650 milhões na JMalucelli Investimentos.
Também na terça-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, se reunirá com o novo presidente da França, François Hollande, crítico das políticas de austeridade defendidas por Merkel e defensor de medidas expansionistas para lidar com a crise. No fim de semana, o partido de Merkel sofreu "amarga" derrota em eleição em um Estado crucial para os rumos políticos da Alemanha.
"A política europeia não é mais tão clara como era antes das eleições na França, agora você tem a Merkel de um lado e Hollande do outro, e ainda não está claro para os investidores qual vai ser a posição do Hollande", disse Sauerman. "Essa será uma semana de alta volatilidade, com tendência de queda."
Pela manhã, o dado de produção industrial na Europa mostrou recuo inesperado em março, em mais um sinal de que a recessão na zona do euro pode não ser tão branda como esperada. Investidores aguardam agora o PIB do primeiro trimestre da região, que será divulgado na terça-feira.
O clima de elevada aversão ao risco levou investidores a fugirem dos mercados acionários no mundo todo. Nos Estados Unidos, o Dow Jones recuou 0,98%. Mais cedo, o principal índice dos mercados europeus fechou em baixa de 1,79%.
Bolsa
No Ibovespa, o dia foi de perdas generalizadas, com apenas dois - Ambev e Souza Cruz dos 68 ativos que compõem o índice fechando no campo positivo. Entre as blue chips, a preferencial da Vale recuou 1,68%, a R$ 37,36, enquanto a preferencial da Petrobras caiu 2,22%, a R$ 18,90. OGX teve queda de 3,97%, a R$ 13,05.
A ação da Brookfield derreteu na sessão e fechou em queda de 14,87%, a R$ 4,18. Esse é o menor preço desde julho de 2009, após a incorporadora ter reportado queda de 94% no lucro do primeiro trimestre, com revisão de custos de obras.

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